Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável organizou uma visita técnica ao Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), da Universidade Federal de Goiás (UFG) nos dias 16 e 17 de agosto de 2023. Essa visita foi uma das entregas do Grupo de Trabalho (GT) de Terra que durante as discussões identificou a necessidade de aproximar a academia, que produz os dados, e os técnicos das organizações, que utilizam os dados produzidos.
Durante as reuniões do GT, especialistas foram convidados para participar, entre eles, o professor Laerte Guimarães Ferreira, da UFG, que apresentou os trabalhos realizados pelo Lapig, laboratório referência em dados de geomonitoramento do Brasil, e apoiou o Grupo nas discussões sobre a temática.
Essa aproximação com o professor Laerte gerou duas grandes oportunidades para a Mesa Brasileira e seus associados: a participação da diretora executiva, Luiza Bruscato, no Land & Carbon Lab’s – 2023 Summit, principal conferência global sobre dados geoespaciais, e a realização de visita técnica ao Lapig.
No primeiro dia da visita, guiada por Nathália Teles, pesquisadora e coordenadora de campo do Lapig e doutoranda em Ciências Ambientais na UFG, Luiza e mais 11 convidados de 8 organizações associadas NWF, JBS, Minerva Foods, Imaflora, ABIEC, Proforest, Banco do Brasil e SIA Brasil, conheceram os projetos relacionados à pecuária desenvolvidos pelo Laboratório: Programa de Pesquisa em Pastagem, ProVant, MapBiomas Alerta, Nepef, Observatório Global de Pastagens, entre outros.
“A visita reforçou a convicção de que precisamos de colaboração entre atores de diferentes setores para o desenvolvimento de soluções que tragam transformações positivas para a pecuária brasileira. Também ficou evidente o enorme potencial de sinergia entre o LAPIG e os parceiros da mesa,” comentou Nathália.
Na ocasião, os técnicos puderam compartilhar experiências e trocar feedbacks sobre o formato dos trabalhos. “A visita da Mesa Brasileira ao Lapig foi muito enriquecedora e nos permitiu alinhar entendimentos sobre os dados produzidos pelo nosso grupo e as demandas dos produtores e indústria em geral,” afirmou o professor Laerte.
No segundo dia, os participantes visitaram o Parque Tecnológico Samambaia, onde foram recebidos pelo diretor de Transferência e Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da UFG, Marinaldo Ribeiro, e puderam conhecer as instalações do Parque e alguns dos serviços prestados pelas estruturas que o compõem, como o Centro Regional para Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI), o IPElab, o Centro de Empreendedorismo e Incubação (CEI/UFG) e o Laboratório Multiusuário de Computação de Alto Desempenho (LaMCAD/UFG).
Para o diretor do Parque Tecnológico Samambaia (PTS/UFG), Luizmar Júnior, a visita de uma associação como a Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável reforça o papel do Parque na promoção do conhecimento, tecnologia e inovação produzidos pela Universidade e na sua capacidade de interação com setor produtivo. "A presença de empreendedores e empresários no Parque é crucial para mostrar que temos em Goiás recursos humanos especializados e um conjunto de facilidades altamente sofisticado para atender demandas de serviços tecnológicos e projetos inovadores advindos de diferentes etapas das cadeias produtivas. Estamos sempre prontos e dispostos a recebê-los", afirma.
Fernando Pontes Baixo, analista de cartografia sênior na Minerva Foods comentou que foi excelente a Mesa Brasileira ter proporcionado aos seus associados essa visita. “Tivemos a oportunidade de conversar com os pesquisadores responsáveis pelo Mapbiomas, bem como esclarecer nossas dúvidas a respeito da metodologia utilizada para confeccionar os produtos desenvolvidos até o momento, e quais são os próximos passos para o futuro. Além disso, tivemos excelentes explicações teóricas sobre a aquisição, processamento e utilização dos dados geoespaciais, e sua importância na qualidade dos produtos desenvolvidos pelo Laboratório”, comentou
Essa visita foi um grande avanço em prol da pecuária sustentável no Brasil. “A troca de experiências entre os pesquisadores do Lapig e os técnicos das organizações visa resolver uma lacuna entre a academia (gerador de dados) e a necessidade prática das empresas (usuárias das bases de geomonitoramento) que foi apontada como um desafio a ser transposto,” finalizou Luiza Bruscato, diretora executiva da Mesa Brasileira.
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